Nas sessões de Psicoterapia na Natureza de Novembro estivemos a trabalhar o tema do Amor Incondicional e um dos convites era deixarmo-nos atrair por qualquer coisa da natureza à nossa volta para que, ao olhar em detalhe para ela, lhe conseguíssemos dar amor. Este Amor Incondicional que sentimos ser o certo. Este olhar de amor Universal, um toque carinhoso, as vibrações positivas, os bons desejos para uma vida boa, próspera e plena.
Chegada a hora das partilhas, surgiu uma surpreendente (aqui descrita pelas minhas palavras):
“Vi uma árvore completamente despida. É normal que assim seja, o inverno está a chegar. Mas, quando reparei mais de perto, tinha uma espécie de semente agarrada a um dos ramos. A única semente. Fiquei super feliz, porque naquela árvore despida, havia uma semente, símbolo da vida. Tirei uma foto, olhei melhor e aproximei a minha mão com todo o cuidado e com todo o amor. Assim que os meus dedos tocaram gentilmente aquela bolinha, aquela vida, desprendeu-se da árvore. Aquela única semente da vida, tinha acabado de morrer com o meu toque de Amor.”
Esta experiência na sessão de Psicoterapia na Natureza levou-nos a continuar uma reflexão profunda sobre como o Amor Incondicional que pensamos estar a dar aos outros pode, na realidade, ser sentido de outra forma, de uma forma diferente, de uma forma negativa. Sem que seja essa a nossa intenção, pode mesmo estar a ser prejudicial.
O meu pedido é para ficares atento a esta realidade, verificando com o outro, se a tua forma de dar Amor Incondicional, é adequada àquela pessoa, naquele momento. E como se sente o “outro” com a tua expressão de amor.
Por vezes, aqueles que mais queres amar de forma incondicional são aqueles que mais prejudicas pela maneira como escolhes dá-lo.
Esta é apenas uma das muitas reflexões que saiu desta sessão de Psicoterapia na Natureza, mas a verdade é que a Natureza me surpreende sempre com as suas metáforas.
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